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"Reivindicamos o direito de botar um filho na escola e poder buscá-lo com vida e com segurança", afirma Adriana Silveira, mãe de uma das vítimas.

Dois anos depois do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, Rio de Janeiro, os moradores da comunidade organizam um ato em memória das vítimas do atentado.  As atividades, programadas para ocorrer nos dias 5 e 7 de abril, pedem mais segurança nas escolas e têm o desarmamento como foco dos protestos. O crime ocorreu em abril de 2011, quando um ex-aluno entrou armado no colégio, matou 12 crianças, feriu outras dez, e suicidou-se na sequência.

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Entre as ações previstas estão a entrega de uma carta na prefeitura, preparada pelas mães dos alunos, com propostas de medidas a serem adotadas nas escolas. “Pedimos seguranças desarmados e profissionais qualificados para lidar com qualquer tipo de agressão dentro da escola”, adianta Adriana da Silveira, mãe de uma das vítimas.

[stextbox id=”custom” caption=”Memória” float=”true” align=”right” width=”250″]Concentradas no domingo (7/4), as atividades em homenagem às vítimas começam às 9h30 com uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. No final da manhã será realizada uma grafitagem coletiva dos muros da escola. Para a tarde está marcada uma carreata às 15h, seguida da exibição do documentário “Armado”, às 16h, na igreja presbiteriana em frente à escola. O endereço é rua General Bernadino de Matos, s/nº.[/stextbox]

Segundo ela, as escolas do Rio estão abandonadas. “Reivindicamos o direito de botar um filho na escola e poder buscá-lo com vida e com segurança. Quando coloquei minha filha na escola nunca imaginei que isso pudesse acontecer ali. Numa festa, na rua, mas dentro de uma escola não.”

Mudanças

Em dezembro de 2011, oito meses após o atentado, a instituição inaugurou uma nova fachada com cerca de 1.500 desenhos feitos pelos próprios alunos e professores. Quando o crime completou um ano, a comunidade realizou uma vigília, seguida de carreata pelo bairro do Realengo e uma missa aos pés do Cristo Redentor, com uma chuva de pétalas de rosas no encerramento.

“Depois desse episódio horrível nas nossas vidas, o desafio é transformar meu luto em luta pra não ver nunca mais uma mãe passando pelo que eu estou passando”, afirma Adriana, responsável pela criação da Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo, entidade que preserva a memória das vítimas e organiza atividades que promovam a paz nas escolas.

Na ocasião, familiares portaram cartazes, faixas e camisetas com as fotos das crianças e realizaram orações por cerca de uma hora, pedindo paz para a cidade do Rio de Janeiro.  O prefeito Eduardo Paes e o arcebispo da cidade, dom Orani Tempesta, também estiveram presentes.

Adriana defende que hoje a Tássio da Silveira virou uma escola modelo. “Mas o problema não está só ali. A reforma aconteceu porque morreram doze crianças lá dentro. Estamos lidando com a vida. Nosso filho vai para escola para se tornar um cidadão de bem, não estamos mandando um filho para um campo de batalha”, argumenta.

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