Por Estadão.Edu
Imagens do trote realizado na última sexta-feira (15/3) por estudantes da faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) causaram polêmica nas redes sociais. Consideradas racistas, mobilizaram a indignação de outros estudantes e também da instituição.
Em uma das imagens uma caloura aparece acorrentada e pintada de preto, com uma placa inscrito “caloura Chica da Silva”. Em outra, três estudantes, um deles com um bigode semelhante ao de Adolf Hitler, erguem o braço numa saudação nazista, ao lado de um calouro preso com fita adesiva a uma pilastra.
A Assembleia Nacional dos Estudantes (Anel) e o Movimento Mulheres em Luta (MML) criou um evento no Facebook, convidando estudantes, entidades e coletivos da UFMG para uma reunião de discussão das ações contra o trote. Programado para a segunda-feira (18/3), a descrição do evento dizia que é “inaceitável que na Universidade práticas machistas, racistas homofóbicas não sejam combatidas”.
Em nota oficial assinada por Clélio Campolina Diniz e Rocksane de Carvalho Norton, respectivamente reitor e vice-reitora, a instituição afirma que a direção da universidade “repudia quaisquer atos de violência, opressão, constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da comunidade universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados ‘trotes’ aplicados aos novos estudantes”.
Além disso, a nota ressalta que a instituição se manifesta “veementemente contrária” ao ocorrido na Faculdade de Direito, já tomando as providências cabíveis para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.