publicado dia 26 de fevereiro de 2013
Menino cria rede social para crianças
Reportagem: Flávio Aquistapace
publicado dia 26 de fevereiro de 2013
Reportagem: Flávio Aquistapace
Nos Estados Unidos, um menino de 11 anos desenvolveu uma rede social só para crianças. No Brasil, adolescentes interessados em ativismo social recorreram à rede para mobilizar a comunidade. A cada dia surgem exemplos de como a chamada “Geração Y” tem se apropriado da internet, seja para manipular ferramentas já disponíveis ou – por que não – criar novas.
Residente na Flórida, sul dos Estados Unidos, Zachary Marks criou o “Grom Social”, uma rede de relacionamentos especialmente para crianças. O projeto surgiu depois que o menino foi proibido pelos pais de acessar o Facebook, cujo ingresso é permitido apenas a partir dos 13 anos de idade.
[stextbox id=”custom” caption=”Você sabia?” float=”true” align=”right” width=”250″]* 70% dos adolescentes brasileiros entre 9 e 16 anos possuem perfis em redes sociais.
* Dentre eles, um terço teve o primeiro contato com a rede aos 9 ou 10 anos.
* E mais de 50% mente a idade nas redes sociais.
fonte: TIC Kids Online 2012[/stextbox]
No ar desde novembro de 2011, a rede já conta com 7 mil usuários. Com um layout marcado por desenhos e ilustrações, com diferentes fóruns sobre skate, celebridades e games, o Grom tem acesso restrito a residentes nos EUA e Canadá abaixo dos 15 anos.
E não deve em nada à popular rede de Mark Zuckerberg. Oferece recursos como compartilhamento de imagens, criação de eventos e chats. A grande vantagem é a segurança: os usuários contam com um filtro de linguagem que impede a veiculação de termos chulos ou impróprios para os pequenos. Além disso, o ingresso de adultos só é permitido mediante a aprovação dos pais dos membros.
São Paulo
Natan Haucke, 14, sempre foi ativo em redes sociais e blogs. Ao ingressar no Colégio Profº Olavo Pezzotti, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, passou a integrar o Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Foca). Com encontros presenciais mensais, as reuniões que discutem questões ligadas aos direitos das crianças e adolescentes chegavam a ter 150 estudantes.
Interessado em contribuir com a organização das atividades e divulgação dos debates, Natan sugeriu reunir todas informações em um blog. Assim surgiu o Focapin, um espaço de compartilhamento entre as crianças do Foca. “A iniciativa mantém os participantes unidos e atualizados”, afirma ele.
Natan conta hoje com a ajuda de colegas para manter o site atualizado. “Cinco pessoas diferentes postam no blog, com dicas de shows e atividades gratuitas do bairro, além dos avisos do Foca”, comemora.