publicado dia 11 de outubro de 2012
Por Yuri Kiddo, do Pró-Menino, da Fundação Telefônica-Vivo
Focada nas redes sociais, a Campanha É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente foi lançada nesta terça (9/10), no prédio da Fundação Telefônica, em São Paulo. A ação tem como objetivo dar visibilidade à situação dos mais de quatro milhões de crianças e adolescentes, entre cinco e 17 anos, que trabalham no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2009).
Aproximadamente 150 pessoas participaram da coletiva de lançamento, apresentada pela diretora presidente da Telefônica Vivo, Françoise Trapenard; pela representante do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência), Adriana Alvarenga; pela diretora de ação social da Fundação Telefônica Vivo, Gabriella Bighetti; e pelo criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa.
O desenhista, que desenvolveu a edição especial do gibi da Turma da Mônica – Trabalho infantil, nem de brincadeira, tem pressa na mobilização das pessoas. “Ver quase quatro milhões de crianças em atividade econômica é alarmante. Qualquer pessoa com bom senso deveria estar envolvida na causa, seja pintando, escrevendo, fazendo poesia, desenhando, gritando …”, provoca. Em novembro, o gibi estará disponível nas bancas e, de acordo com ele, um filme sobre o assunto “vem por aí.”
Segundo Trapenard, a criança que não acessa a escola está privada precocemente de ter seu pleno desenvolvimento. “Há um link direto entre educação, trabalho infantil e a sociedade. Pensamentos do tipo ‘é melhor trabalhar do que estar na rua’ é um preconceito generalizado, independente de classe social. Porém você já ouviu algum rico falar que é melhor ver o próprio filho, criança ou adolescente, trabalhando?”.
“A campanha não vai resolver todas as questões relacionadas ao tema, mas tem uma expectativa de sensibilização para uma mudança cultural. Queremos que pais, mães e/ou responsáveis entendam que uma criança que trabalha terá mais dificuldade para se educar de forma adequada e, consequentemente, construir um projeto de vida. Estes pais, estas mães vão olhar de outra forma a questão escolar”, pontua Gabriela Biguetti. “Se conseguirmos estimular esta reflexão a ponto de fazer a população refletir o impacto do trabalho infantil na educação, a Campanha já é um sucesso.”
A partir das estratégias Reconheça, Questione, Descubra e Compartilhe, a Campanha pretende sensibilizar e potencializar a ação junto a diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes, jovens e especialistas no assunto. Propõe aos cidadãos que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações nas redes sociais.
É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente. Uma campanha colaborativa da Fundação Telefônica em Co-realização com OIT e Unicef
Dividida em quatro estratégias – Reconheça, Questione, Descubra e Compartilhe – a campanha É da nossa conta! pretende sensibilizar e potencializar ações junto a diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes, jovens e especialistas em trabalho infantil para que se tornem agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações sobre o tema nas redes sociais. Saiba mais em http://bit.ly/OlDlKY
O que fazer? Identificou alguma situação de trabalho infantil? Comunique ao Conselho Tutelar de sua cidade, ao Ministério Público ou a um Juiz de Infância. Há a opção também de denunciar pelo telefone ou site do Disque 100 – Disque Denúncia Nacional: www.disque100.gov.br
Como compartilhar? Fique de olho nas notícias e dados no site e redes sociais da Rede Promenino, converse sobre o tema com as pessoas ao seu redor e compartilhe opiniões e informações a respeito nas redes com a hashtag #semtrabalhoinfantil.
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