Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Youtube

publicado dia 31 de agosto de 2012

Sociedade civil rebate justificativa da prefeitura de São Paulo sobre atraso do Plano Municipal de Educação

Terminado o prazo judicial de 30 dias para a prefeitura de São Paulo justificar o atraso de dois anos no envio do Plano Municipal de Educação (PME) à Câmara dos Vereadores, organizações, movimentos sociais e vereadores se reuniram nesta segunda-feira (27), durante o seminário “Plano Municipal de Educação”, para pressionar a atual gestão a resolver o tema.

Durante o evento, representantes da sociedade civil apontaram que a resposta do executivo, que alega aguardar a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) para dar encaminhamento ao plano local é falaciosa. Em tramitação no Congresso Nacional, a votação final do PNE também vem sendo postergada.

[stextbox id=”custom” caption=”Plano Municipal de Educação” float=”true” align=”right” width=”250″]O Plano de Educação da cidade de São Paulo é um documento que reúne 23 diretrizes e metas a serem alcançadas na área nos próximos 10 anos. Elaborado desde 2008, a partir de consultas públicas, é resultado de um processo colaborativo que contou com a contribuição de mais de 20 mil pessoas ligadas aos diferentes movimentos sociais vinculados à educação. Tornado Projeto de Lei (PL) pela Secretaria Municipal de Educação em 2010, desde então deveria ter sido enviado pela prefeitura à Câmara Municipal, onde seria apreciado e, uma vez aprovado, passaria a vigorar.[/stextbox]

Para Denise Carrera, coordenadora da Ação Educativa, “é fundamental que o PME venha para a Câmara Municipal ainda este ano, sob o risco de ser engavetado, se só chegar ano que vem”, alerta, numa menção à troca de gestão por causa das eleições de outubro.

De acordo com ela, a justificativa da prefeitura é “inadmissível” e não há base na legislação que exija tal vinculação entre os planos. Prova disso, argumenta ela, é que 50% dos municípios brasileiros já possuem plano de educação.

Lourival Nonato dos Santos, representante do Fórum Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes da cidade de São Paulo, mencionou a importância do controle social no processo. “O Executivo deve executar a vontade do povo e não o faz. É necessário então recorrer a instâncias de responsabilização pela falta de respeito à vontade do povo. O controle social sobre o Estado deve ser acionado”, defendeu.

O Ministério Público Estadual (MPE), responsável pelo inquérito civil público instaurado para apurar os fatos, agora cobra uma reunião com representantes das secretarias municipais de governo e de educação para averiguar quais as reais causas da demora, já que a resposta apresentada não resolveu o problema.

O PME está retido na prefeitura desde 2010, quando foi sistematizado em Projeto de Lei pela Secretaria Municipal de Educação. Apesar do convite, nenhum representante da Prefeitura e da Secretaria de Educação do município compareceu ao seminário.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.