A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil sabe o quanto é importante uma nação investir na educação de seu povo. “Já recebemos 700 brasileiros para estudar nos Estados Unidos e esperamos milhares mais nos próximos anos”, afirmou ao fazer referência ao programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo. Hillary participou da abertura da conferência Brasil-EUA: Parceria para o Século 21, que teve início hoje em Washington.
Na visão da secretária, programas como o Ciência sem Fronteiras ajudam a preparar a força de trabalho que a economia mundial requer. Somente com bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, 555 bolsistas estudam hoje em universidades americanas. Outros mil seguirão para o país no segundo semestre. De acordo com Hillary, os Estados Unidos também enviarão estudantes americanos ao Brasil.
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Participam do encontro em Washington acadêmicos, pesquisadores e empresários brasileiros e americanos. Eles discutem a possibilidade de ampliar a cooperação entre os dois países nas áreas de educação e negócios. Ao longo do dia, os conferencistas participarão de debates, denominados trilho educacional e trilho empresarial, cada um com três painéis.
Na área educacional, os participantes discutirão a parceria no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. Pesquisa, inovação, mercado de trabalho, setor aeroespacial, engenharia de tecnologia da informação e comunicação também são temas propostos. Serão assinados, ainda, 14 acordos entre o governo brasileiro e instituições de ensino americanas para mobilidade de estudantes e professores por meio do programa.
No fim da tarde, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, participará de reunião sobre as prioridades de cooperação entre os dois países para 2012. A sessão de encerramento do seminário caberá à presidente Dilma Rousseff.
Programa
O Ciência sem Fronteiras tem como objetivo promover a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação – doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
O programa estabelece a oferta de até 75 mil bolsas em quatro anos. Estudantes de graduação e pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil.
(Terra)