O conceito de desenvolvimento integral no contexto da educação integral diz respeito a compreensão de que a educação, enquanto processo formativo, deve atuar pelo desenvolvimento dos indivíduos nas suas múltiplas dimensões: física, intelectual, social, emocional e simbólica.
Isso significa que na educação integral, além do desenvolvimento cognitivo privilegiado no modelo educacional tradicional, a educação passa a se ocupar também das demais dimensões do desenvolvimento humano.
Compreende-se, inclusive, que o desenvolvimento intelectual depende das demais dimensões para acontecer na sua plenitude: por exemplo, um corpo limitado na sua expressão ou uma sociabilidade comprometida impactam diretamente nos processos cognitivos.
Para a pesquisadora e fundadora da Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente (NECA), Isa Maria Guará, “essa perspectiva compreende o homem como ser uno e integral, que precisa evoluir plenamente num processo de educação que se articula com o desenvolvimento humano”.
Nesse sentido, a educação integral se concretiza em propostas que integram diferentes tempos, espaços e agentes educativos para além da sala de aula, das disciplinas e do professor. Essas diferentes interações permitem que os estudantes acessem e experimentem linguagens, contextos e ritmos diversificados que permitem o desenvolvimento de capacidades físicas, sociais, afetivas, além das intelectuais.
Para saber mais
Arroyo, M. O direito ao tempo de escola. In. Seminário “Escola Pública de Tempo Integral: uma questão em debate”, Fundação Carlos Chagas, 1987. Disponível para download.
GIOLO, J. Educação de tempo integral, in Caminhos da Educação Integral no Brasil, Moll, Jaqueline (org), pag 94: Penso, 2012.
Ministério da Educação, Passo a Passo do Mais Educação Disponível para download.