Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Youtube

publicado dia 22 de maio de 2018

Como mapear oportunidades educativas no entorno escolar?

Reportagem:

*Por Claudia Ratti, para o site Dia de Aprender Brincando

Ao se observar com atenção o entorno escolar, é possível perceber um território repleto de boas oportunidades educativas, como parques, praças, ruas e antigas construções. Pensando nisso, por que não proporcionar aos estudantes um momento de aprendizado fora dos muros da escola?

Leia +: Espaços Públicos: 10 princípios para conectar pessoas e a rua
+ Aprenda sete brincadeiras antigas jogadas por nosso pais e avós

Uma das formas de identificar quais são essas oportunidades é fazer um mapeamento do território para então planejar as atividades externas. Durante o trabalho, é possível perceber que o espaço público mostra-se como um ambiente para brincar e aprender.

Confira alguns passos que podem auxiliar educadores, gestores e outros atores da escola a mapear e planejar o desenvolvimento de atividades envolvendo o entorno escolar.

1. Diagnóstico do território

O primeiro passo para mapear oportunidades educativas é fazer um diagnóstico do território. Para isso, comece respondendo algumas perguntas: onde a escola está localizada? O bairro é residencial ou comercial? Qual a natureza das instituições que compõem esse território? Com a ajuda de um mapa, observe o entorno do colégio e comece a listar os principais estabelecimentos que dividem o bairro com a escola.

Proponha a outros educadores que esse mapeamento seja feito em conjunto. O trabalho em equipe vai facilitar a identificação das oportunidades educativas, além de ser a chance de planejar uma atividade interdisciplinar ao ar livre.

crianças brincam ao livre pulando barcos
Todo entorno escolar é um território com imenso potencial educativo / Crédito: Dia de Aprender Brincando

Conversar com os estudantes também é uma boa maneira de fazer o diagnóstico da região, já que muitos moram no bairro. Entenda quais são os caminhos que eles percorrem diariamente, quais espaços frequentam e onde brincam quando estão fora da escola. A conversa pode destacar locais não óbvios, mas que carregam um grande potencial educativo.

Depois de identificados, é hora de pensar quais oportunidades esses locais oferecem. Parques e praças são ambientes que permitem uma série de atividades, desde brincadeiras ao ar livre até aulas com um conteúdo que dialoga com aquele espaço. Já antigas construções, como igrejas, residências e comércio local, por exemplo, são imóveis que contam histórias sobre bairro e revelam informações sobre determinado período histórico.

2. Articulação com o entorno

Após o diagnóstico do território, é hora de fazer a articulação com esses espaços mapeados. Pensem sobre a relação da escola com a comunidade. Ela está integrada às outras iniciativas do bairro? Os estudantes são próximos do território? A partir disso é possível pensar qual trabalho será feito para propor as atividades externas. Entre em contato com os estabelecimentos, apresente a sua ideia e veja quais são as possibilidades de parceria oferecidas.

Pense como essas pessoas e instituições que ocupam o território podem contribuir para o aprendizado dos alunos. Certifique-se de que são ambientes que comportam os estudantes com segurança e com espaço suficiente para colocar as atividades em prática.

crianças andam pelo centro de são paulo
Ruas, praças, parques e comércio local. Na cidade educadora, todos esses espaços se convertem em locais de aprendizado / Crédito: Facebook do Dia de Aprender Brincando

3. Planejamento das atividades

Por fim, é hora de planejar as atividades que serão propostas no dia. Há uma infinidade de brincadeiras e experiências que você pode oferecer aos estudantes. Você pode propor brincadeiras que dialogam com o currículo, planejar uma aula ao ar livre, pensar uma vivência que aproxima os alunos dos elementos da natureza ou fazer uma caminhada para conhecer a história do bairro. Prefira espaços que proporcionam contato com a natureza e aproveite para pensar em atividades que não são possíveis dentro da sala de aula.

Além disso, avalie sempre a viabilidade da atividade e esteja preparado para imprevistos. Por isso, a presença de mais de um educador responsável pelos alunos facilita a atividade. Escolha locais próximos da escola e trace um percurso que não seja muito longo, mas que possa ser vivenciado pelos alunos. Certifique-se de que todos os estudantes têm autorização para sair do colégio e lembre-se de identificá-los antes de ir para a rua.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.