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publicado dia 26 de setembro de 2014

Seminário de Heliopólis discute o Direito à Cidade

Reportagem:

“A educação é o coração de tudo”. Assim resumiu o arquiteto septuagenário Ruy Ohtake ao descrever os desenvolvimentos urbanos da comunidade de Heliópolis ao longo dos últimos dez anos, durante a mesa redonda “O Direito à Cidade: as conquistas e os desafios da sociedade civil na perspectiva do Plano Diretor da cidade de São Paulo”, que aconteceu durante o  IV Seminário Bairro Educador Heliópolis.

Além de Ohtake, também participou do diálogo o urbanista e vereador Nabil Bonduki (PT), relator do Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo, sancionado em agosto deste ano. O vereador ressaltou as batalhas e os avanços do projeto de lei que foi promulgado com a promessa da construção de uma cidade mais justa e menos segregada.

“O Plano traça um rumo para a cidade e lhe lança desafios, mas não resolve todas questões. Há uma batalha pendente nos planos regionais e de bairro, por uma cidade mais verde, justa, sustentável e igual. Para consolidá-los, precisamos de todos e todas”, afirmou.

A ideia de Bonduki esteve em consonância com o ambiente escolhido para o debate e com os desafios que o território enfrenta. Ao longo do evento, diversos moradores lembraram o histórico de lutas da região e a construção de casas, escolas e as diversas dimensões e desafios da comunidade.

Foi apresentado um plano de longo prazo para Heliópolis , que envolve a construção de um SESC e de novas unidades educacionais. A proposta prevê 13 prédios cilíndricos – com cinco andares e quatro apartamentos por andar – que se fundem sem ruas, apenas com um espaço público vasto, duas creches, áreas esportivas e duas escolas. ‘Os Redondinhos – como são carinhosamente chamados – carregam o conceito de uma educação como centro da vida’, explicou Ohtake, em entrevista ao Portal Aprendiz. “Esse conjunto habitacional mostra que é possível refletir o Bairro Educador no urbanismo. É o que estamos tentando aqui”, reforça o arquiteto.

A intenção é reconhecida por João Miranda, líder comunitário da região: “A gente conquistou o direito de morar como quiser”, finalizou, orgulhoso.

 

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