publicado dia 5 de fevereiro de 2014
Nos últimos meses, com a criação de corredores de ônibus em São Paulo, a malha do transporte público foi alterada, privilegiando terminais e conexões. A eliminação de linhas locais, criticada por movimentos como o Passe Livre, fez com que moradores do Butantã, na zona oeste da capital paulista, se mobilizassem pela volta da linha 577T/10 – Vila Gomes – Jardim Miriam.
A região, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, concentra o segundo maior número de idosos da cidade, que ficaram sem o ônibus que os levava diretamente para mais de 15 unidades hospitalares. Os moradores que quiserem ir para a região da Paulista precisam pegar ao menos dois ônibus, ou optar pela combinação ônibus e metrô.
“Eu utilizava o 577T para ir ao Hospital do Rim. Antes fazia esse trajeto em uma hora. Hoje em dia levo mais de duas horas para chegar ao meu destino”, relata a aposentada Maria do Carmo de Freitas, 66 anos. Ela tem feito parte das mobilizações pela volta da linha que, desde outubro de 2013, deixou de atender a região do Butantã.
O Movimento Volta Jd. Miriam/Vl. Gomes já organizou dois abaixo-assinados, reunindo ao todo o apoio de 6 mil signatários. O primeiro foi entregue em outubro do ano passado à Subprefeitura Butantã, enquanto o último foi encaminhado, em janeiro, para o Ministério Público. Ambos pedem o retorno da linha e expressam repúdio ao fato de os usuários não terem sido consultados antes da mudança.
No último dia 27, uma audiência foi convocada para debater o problema, mas nenhum representante do poder público compareceu. O movimento programou uma manifestação para esta sexta-feira (7/2), a partir das 17h, na Praça Elis Regina, zona oeste de São Paulo.