Do G1
Em reunião realizada ontem, 24/6, no Palácio do Planalto, em Brasília, com 27 governadores e 26 prefeitos de capitais, a presidenta Dilma Roussef propôs 5 pactos nacionais para atender às reivindicações dos manifestantes que realizaram protestos em todo o País ao longo de junho e que levaram, segundo o dados do Ibope, 12 milhões de brasileiros às ruas.
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Movimentos sociais lançam carta a Dilma
Os pactos se focam nas áreas de responsabilidade fiscal e controle da inflação, saúde, transportes, educação e corrupção. Dilma também prometeu um plebiscito para formação de uma constituinte exclusiva sobre reforma política.
O plebiscito funcionaria como uma forma de aprofundar os debates sobre a reforma política, ajudando a estabelecer suas regras. O surgimento da ideia do plebiscito responde pelo crescente clamor de acabar com a corrupção. A presidenta também sugeriu a possibilidade de tornar corrupção crime hediondo.
Uma reforma política pode alterar a forma como enxergamos a democracia, aumentando a representatividade e a permeabilidade dos órgãos de governo às demandas da população. Também podem ser reguladas as formas de votação, financiamento de campanha, tempo de televisão para partidos políticos e coligações partidárias. Dilma também lembrou que a pauta da reforma política “entrou e saiu” diversas vezes da pauta nos últimos tempos.
Educação e royalties
Durante o pronunciamento, Dilma voltou a pedir apoio congressual ao projeto que destinará 100% dos royalties do petróleo para a educação, Roussef reafirmou que o caminho para o desenvolvimento econômico passa pela educação. “Nenhuma nação é capaz de se desenvolver sem alfabetização na idade certa, sem creches para a população que mais precisa, sem educação em tempo integral, sem ensino técnico profissionalizante, sem universidades de excelência, sem pesquisa, ciência e inovação.”
A governante disse acreditar que o Brasil avançou nas últimas décadas para reverter o “atraso secular da nossa educação”, mas que para seguir o caminho é necessário mais recursos. O projeto, que tramita no Congresso Nacional, também destinaria 50% dos ganhos com o pré-sal para gastos com ensino público.