publicado dia 26 de abril de 2013
Teve início na manhã desta sexta-feira, 26/4, em Orlando, nos Estados Unidos, o “Congresso Visão XXUNO: O desafio de construir a escola”. Cerca de 700 diretores de instituições de ensino – vindas da Argentina, Brasil, México, El Salvador, Guatemala, Equador e Colômbia – vão discutir durante dois dias os principais desafios da gestão escolar.
Para o diretor global do Sistema UNOi, Pablo Doberti, a grande tarefa da gestão do ensino no século XXI é “criar ambientes positivos, que impulsionem novas práticas”. Ele diferencia o gestor, visto geralmente como um administrador, daqueles que “gestam novas propostas”. “Estamos falando da gestão da proposição e da inovação. Não queremos administradores, queremos líderes.”
Já o pedagogo e diretor filosófico do Sistema UNOi, Arnaldo Esté, acredita que a participação é um dos elementos fundamentais na gestão da aprendizagem. “Nunca foi tão necessário pensar a democracia e estimular a participação como elemento do cotidiano”, afirmou.
A presença da tecnologia em sala de aula e no dia a dia dos estudantes também é vista como importante ferramenta do novo modelo de gestão do conhecimento, defende o jornalista Antonio Navalón. Autor de “Parem o mundo que quero me informar!”, o autor espanhol radicado no México defende o protagonismo da tecnologia na dinâmica moderna de ensino.
“No mundo de hoje, em que as crianças e jovens podem ensinar, é importante que os educadores entendam que são cúmplices no processo de aprendizado e, por isso, precisam dialogar com os aprendizes”.
Negócios
Organizado pelo Sistema UNO Internacional de Ensino (UNOi), o Congresso em Orlando reúne escolas privadas que adotam o modelo pedagógico proposto pela empresa. No Brasil desde 2010, operando por meio do grupo editorial Santillana, também donos da editora Moderna, o sistema UNOi está presente hoje em 500 escolas da América Latina e atende a 250 mil alunos.
A proposta pedagógica do UNOi, baseada no tripé aprendizado digital, bilinguismo e avaliações, pretende envolver um milhão de alunos do continente nos próximos três anos. De olho nas redes municipais de ensino do país e no movimentado mercado educacional, a UNOi anunciou no primeiro dia do Congresso o investimento de 25 milhões de euros do Banco Mundial.
No início da semana, o Brasil acompanhou a fusão de duas gigantes do mercado privado de educação, a Kroton Educacional e a Anhanguera Educacional. A operação, avaliada em cinco bilhões de reais, elevou as empresas a líderes do setor, com 800 unidades de Ensino Superior, 810 escolas associadas e um milhão de alunos.
A repórter Raiana Ribeiro viajou aos Estados Unidos a convite do Sistema Uno Internacional (UNOi)