Saber: Cultura de paz
Escrito em parceria com UMAPAZ
Cidades são, por princípio, espaços de diversidade. Nela, circulam diferentes interesses, ideias, valores, visões de mundo, crenças, cores e formas. Para que esta coexistência seja construtiva é preciso que as diferenças sejam valorizadas e que a cultura de paz seja fomentada.
Mas o que significa este termo? Segundo a UNESCO, a cultura de paz refere-se ao ideal democrático de que a paz não pode ser construída exclusivamente através de arranjos políticos, mas depende da solidariedade moral e intelectual da humanidade. Assim, em uma cultura de paz, os conflitos são tratados respeitando os direitos e as histórias individuais, e assegurando o respeito e a liberdade de opinião.
Só assim é possível construir a cidade educadora, isto é, uma cidade plural que se potencializa na diversidade e na relação entre os indivíduos, onde a exclusão, a pobreza, a degradação ambiental e a violência são intoleráveis.
Neste sentido, a cultura de paz é entendida como um saber do território, pois configura uma forma de fazer e estar no mundo. Em um espaço feito de relações como o território, deve ser fomentada e incorporada por todo e qualquer indivíduo.
A principal prática da cultura de paz está na atenção ao outro, que permite a divisão de responsabilidades e a partilha das conquistas. A tolerância e o diálogo também se colocam como práticas transformadoras da convivência e, portanto, dos territórios da cidade. Por fim, emergem deste saber a responsabilidade e o cuidado pelo coletivo, tanto em espaços como a sala de aula quanto na construção da relação com o planeta.
PERGUNTAS DISPARADORAS
- Como a comunidade/território se relaciona com o diferente?
- Como as pessoas se relacionam com as outras formas de vida ao seu redor?
- Como são resolvidos os conflitos?
- Como se dão os processos de escuta das diferentes opiniões?
- Há espaços de debate? Há senso de coletividade?